PÚBLICO
Quanto mais espécies tiver um habitat, mais depressa os poluentes serão removidos da água, conclui um estudo publicado na revista “Nature” sobre o papel da biodiversidade na melhoria da qualidade dos rios.
Brad Cardinale, da Universidade de Michigan, recriou 150 rios em laboratório para estudar como é que o número de espécies de algas num habitat afecta a velocidade a que os poluentes são removidos da água. Concluiu, então, que em habitats com oito espécies, os nitratos são removidos até 4,5 vezes mais depressa do que em habitats com apenas uma espécie, segundo um comunicado publicado no site da “Nature”.
“Os estudos na natureza mostraram que ecossistemas mais diversos têm concentrações de poluentes mais baixas. Este estudo mostra que a biodiversidade pode controlar um serviço vital para a humanidade, isto é, a purificação da água”, comentou Cardinale.
A explicação que o investigador encontrou relaciona-se com os nichos. Cada espécie de alga está especialmente adaptada a um habitat particular num rio e concentra-se nesse local, ou seja, num nicho ecológico. "À medida que fomos acrescentando algas aos nossos pequenos modelos, mais habitats foram sendo ocupados e o rio passou a ter maior capacidade para absorver os poluentes", explicou.
“O que torna este um estudo único é que analisa pormenorizadamente o impacto da biodiversidade num sistema pouco estudado”, comentou David Tilman, ecólogo na Universidade do Minnesota.
“Não penso que esta investigação sugira que precisamos conservar cada espécie num ecossistema. Mas levanta a questão: de quantas espécies precisamos para termos água com qualidade?”, questionou Cardinale.
Ainda assim, vários especialistas têm dúvidas sobre este trabalho. “Gerar toda uma paisagem num microcosmos é um feito técnico notável. Mas será que este mecanismo é relevante num contexto natural?”, pergunta Jason Fridley, da Universidade Syracuse, em Nova Iorque.
Cardinale explica, então, que já “existem estudos que mostram que ecossistemas mais diversos têm menores concentrações de poluentes. Mas não explicam por quê. Para o fazer precisamos de criar um sistema simplificado em laboratório e controlar tudo, excepto a diversidade”.
“Sabemos que a diversidade de espécie interessa. Mas o que ainda não sabemos é quantas e quais as espécies a conservar”, comentou Cardinale.
Brad Cardinale, da Universidade de Michigan, recriou 150 rios em laboratório para estudar como é que o número de espécies de algas num habitat afecta a velocidade a que os poluentes são removidos da água. Concluiu, então, que em habitats com oito espécies, os nitratos são removidos até 4,5 vezes mais depressa do que em habitats com apenas uma espécie, segundo um comunicado publicado no site da “Nature”.
“Os estudos na natureza mostraram que ecossistemas mais diversos têm concentrações de poluentes mais baixas. Este estudo mostra que a biodiversidade pode controlar um serviço vital para a humanidade, isto é, a purificação da água”, comentou Cardinale.
A explicação que o investigador encontrou relaciona-se com os nichos. Cada espécie de alga está especialmente adaptada a um habitat particular num rio e concentra-se nesse local, ou seja, num nicho ecológico. "À medida que fomos acrescentando algas aos nossos pequenos modelos, mais habitats foram sendo ocupados e o rio passou a ter maior capacidade para absorver os poluentes", explicou.
“O que torna este um estudo único é que analisa pormenorizadamente o impacto da biodiversidade num sistema pouco estudado”, comentou David Tilman, ecólogo na Universidade do Minnesota.
“Não penso que esta investigação sugira que precisamos conservar cada espécie num ecossistema. Mas levanta a questão: de quantas espécies precisamos para termos água com qualidade?”, questionou Cardinale.
Ainda assim, vários especialistas têm dúvidas sobre este trabalho. “Gerar toda uma paisagem num microcosmos é um feito técnico notável. Mas será que este mecanismo é relevante num contexto natural?”, pergunta Jason Fridley, da Universidade Syracuse, em Nova Iorque.
Cardinale explica, então, que já “existem estudos que mostram que ecossistemas mais diversos têm menores concentrações de poluentes. Mas não explicam por quê. Para o fazer precisamos de criar um sistema simplificado em laboratório e controlar tudo, excepto a diversidade”.
“Sabemos que a diversidade de espécie interessa. Mas o que ainda não sabemos é quantas e quais as espécies a conservar”, comentou Cardinale.